Consciência ambiental avançou desde a Rio-92, conclui debate na Câmara

14/06/2007 - 16h35

Kátia Paiva
Da Rádio Nacional da Amazônia
Brasília - Passados 15 anos da realização da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, mais conhecida como Eco-92, ou Rio-92, os deputados da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara, juntamente com entidades socioambientais, discutiram os avanços alcançados e os desafios que ainda precisam ser superados nas questõesambientais. Na época, a conferência reuniu mais de 180 nações para discutir o meio ambiente. Para o presidente da comissão, deputado Nilson Pinto (PSDB-PA), houve uma mudança fundamental nestes 15 anos. "Na época da Rio-92, nós pensávamos que salvar as florestas seria suficiente. Agora, percebemos a necessidade de salvar o planeta e, junto com ele, a humanidade", disse ele. "O seminário proporciona uma oportunidade para pensarmos as ações que precisam ser implementadas para evitar o agravamento da questão ambiental, como ocorreu nos últimos anos."O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, presidente interino do Instituto Chico Mendes, afirmou que a efetivação dos processos de licenciamento ambiental faz parte dos avanços pós-Rio 92, mas que é preciso paciência e inteligência no planejamento de obras que atingem o meio ambiente. "Nós devemos tratar essa questão com eficiência. Temos que dar qualidade aos processos de licenciamento, dar segurança para a sociedade brasileira de que os empreendimentos licenciados atendem aos interesses privados e públicos", afirmou. O embaixador da União Européia no Brasil, João Pacheco, lembrou que preservação do meio ambiente se tornou uma preocupação geral depois da realização da conferência. "Nem o Brasil, nem a Europa podem resolver esse problema sozinhos. Esse problema só pode ser resolvido com uma ação de todos, começando por aqueles que têm maior responsabilidade", explicou.