Tatiana Matos
Da Agência Brasil
Brasília - O secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, que deixou hoje (6) o cargo, e seu substituto, Duvanier Paiva Ferreira, deram início ao processo de negociação com servidores em greve das universidades federais, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Ministério da Cultura, representados pela Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef).Após a primeira reunião, a coordenadora geral da Federação de Sindicatos de Trabalhadores de Universidades Brasileiras (Fasubra), Léia de Sousa Oliveira, afirmou que a greve continua. A reivindicação dos servidores é por redução nas distorções salariais e instituição de um plano de carreira, e contra a transformação dos hospitais universitários em fundações estatais."Queremos mais elementos que dêem segurança para a categoria, de que o processo de negociação vai fluir com possibilidade de resolução", acrescentou a sindicalista. Já os servidores do Ministério da Cultura reivindicam, além de melhores salários e da realização de concurso público, o cumprimento do acordo firmado em 2005, quando a greve durou cem dias e o governo federal ofereceu uma gratificação e implementação do Plano Especial de Cargos em 2006. Este plano até hoje não foi definido na Secretaria de Recursos Humanos do ministério. O representante dos servidores em greve, Jorge Paixão, informou que na próxima quinta-feira (14) haverá uma nova reunião no Ministério do Planejamento, marcada para as 18 horas. Até lá, acrescentou, a categoria mantém a paralisação.Para Josemilton Costa, presidente da Condsef, a reunião "foi para definir agenda". Ele informou que a greve continua e "agora depende do governo e não de nós". A assessoria da Secretaria confirmou que as negociações continuarão na próxima semana e que nas reuniões de hoje foram apresentadas as reivindicações dos servidores.