Ministério Público quer que Jader Barbalho devolva R$ 4,8 milhões à União

06/06/2007 - 0h52

Érica Santana
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Ministério Público Federal em Tocantins entrou na última segunda-feira (4) com uma ação civil pública contra o deputado federal Jader Barbalho (PMDB - PA) por desvio de recursos públicos do projeto de produção e beneficiamento de grãos, sementes de arroz e cultivo de milho para a fabricação de ração, aprovado pela antiga Superintendência para o Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), em 1998, no período em que ele era senador. Na ação civil, o MPF pede que o deputado devolva R$ 4.804.155,87 aos cofres da União. Além de Jader Barbalho, também são acusados de fraude ao patrimônio público Cristiano Pisoni, Itelvino Pisoni, Vanderlei Pisoni, Vilmar Pisoni, Daniel Rebeschini, Amauri Cruz Santos Raimundo Pereira de Sousa, Otarcízio Quintino Moreira,Wilma Urbano Mendes, Joel Mendes. De acordo com a ação civil, Cristiano, Itelvino, Vanderlei, Vilmar e Daniel Rebeschini eram os acionistas da empresa Imperador Agroindustrial de Cereais S/A, que fraudou a Sudam com a ajuda de Barbalho. O deputado intercedia junto aos servidores da Sudam na aprovação e liberação dos recursos. Em troca, recebia 20% do dinheiro liberado para a empresa. Para receber os recursos da Sudam, a empresa apresentava notas fiscais, cheques, recibos e contratos falsos. Ao todo, a empresa recebeu R$ 58 milhões para realizar o projeto, que jamais foi executado. Segundo a assessoria do gabinete do deputado, por enquanto, ele não se pronunciará sobre o assunto.