Indústria automobilística bate recorde de produção e vendas dos últimos 50 anos

06/06/2007 - 17h57

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A indústria automobilística produziue vendeu em maio, e no acumulado dos cinco primeiros meses do ano,mais do que nos últimos 50 anos. Dados da AssociaçãoNacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea)divulgados hoje (6) revelam números que são os melhoresda série histórica, iniciada em 1957, segundo aentidade.De acordo com o presidente da Anfavea, JacksonSchneider, o resultado pode ser atribuído àestabilidade macroeconômica, à confiança doconsumidor na economia, às condições de previsãoa longo prazo e disponibilidade de crédito, o que possibilitauma prestação mais baixa e acessível aoconsumidor. “Esse conjunto de fatores permitiram o crescimento domercado interno”.Em maio, a produção aumentou 15,9%em comparação com abril (258.911 veículos contra223.304) e 7,2% em relação ao mesmo mês do anoanterior, quando foram produzidas 241.600 unidades. No acumulado doano, foram montados 1.137.966 veículos, 5,8% a mais do que nomesmo período de 2006 (1.076.001).Também houve recorde de vendas nos doisperíodos abordados: 211.145 mil em maio (contra 179.320 emabril e 164.132 mil em maio de 2006) e 883.611 no ano, contra 712.841mil no mesmo período do ano passado.O nível de emprego também melhorou,mas não no mesmo ritmo: 110.683 vagas foram preenchidas emmaio, 1,3% a mais que em abril e 3,1% a mais que em maio de 2006.Schneider afirmou que o emprego tem crescido nos últimosmeses, mas justificou que entre o anúncio da vaga e acontratação, há um tempo de avaliaçãodos candidatos.“Se analisarmos os números, vemoscrescimento de empregos da ordem de 1.400 em um mês. E háuma expectativa, em relação aos anúnciosefetivados, de que vamos ter um novo crescimento no mês quevem”, considerou Schneider.As exportações aumentaram em relaçãoa abril (20,9%), mas caíram na comparação commaio do ano anterior (7,6%). No acumulado do ano, a retraçãoé de 10,7%. “A queda demonstrada é importante e éinfluenciada pela apreciação do real. Esse é umtema que temos que avaliar e junto com as autoridades responsáveis,buscar a construção de soluções”,avaliou Schneider. Para ele, uma das soluções éa garantia de competição do veículo brasileiro.“Nosso produto tem que ter a condição decompetitividade em grau de igualdade com os produtos de outrosmercados”.