STF solta últimos cinco presos da Operação Navalha

29/05/2007 - 22h25

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), libertou esta noite (29) os últimos cinco investigados pela Operação Navalha que permaneciam presos na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Mendes concedeu liminares de habeas corpus ao dono da construtora Gautama, Zuleido Veras, e a sua secretária, Maria de Fátima Palmeira.No último sábado (26), Veras, apontado como mentor do grupo investigado por fraudar licitações públicas e desviar recursos federais de programas como o Luz para Todos, se negou a prestar depoimento à ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon, e foi mantido preso. Maria de Fátima é apontada como braço direito de Veras e também foi mantida presa mesmo após falar por quase nove horas.Também foram beneficiados os diretores da Gautama, Abelardo Sampaio Lopes Filho, que trabalhava no escritório de Alagoas, e Vicente Vasconcelos Coni, que atuava no Maranhão, além do funcionário da construtora, João Manoel Soares Barros.Gilmar Mendes é o responsável por julgar todos os habeas impetrados por acusados na operação Navalha no STF. Ele deferiu quatorze dos 33 pedidos feitos ao Supremo.O ministro justificou sua decisão alegando que a ministra Eliana Calmon, responsável pelo inquérito no STJ, revogou a prisão preventiva de todos os outros suspeitos ainda não beneficiados por habeas corpus após ouví-los e que a soltura não impossibilita que os suspeitos voltem a ser convocados a depor. “Nesse ponto, entendo que a eminente relatora do inquérito [Eliana Calmon] possui amplos poderes para convocar sempre que necessário os ora pacientes".