Votação da reforma política faz parte de pacto contra corrupção, diz deputado

29/05/2007 - 20h44

Luziane Ximenes
Da Agência Brasil
Brasília - O pacto contra a corrupção é a grande novidade da reunião do Colégio de Líderes partidários na Câmara dos Deputados, segundo o vice-líder do governo Henrique Fontana (PT-RS). Durante a reunião, coordenada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), ficou decidido que a votação da reforma política será iniciada na próxima semana.Segundo Fontana, uma das medidas que serão tomadas num caráter de emergência são os estudos detalhados feitos por todos os órgãos do país para combater a lavagem de dinheiro e corrupção. Outras medidas citadas pelo deputado são a alteração da votação do orçamento, o fim das emendas de bancada e medidas que facilitem o trabalho da Receita Federal para verificar a lavagem de dinheiro ou de enriquecimento ilícito.Fontana disse que isso vai determinar o conjunto de projetos vão ser votados no futuro. "Isto faz parte desse processo, ou seja, uma estratégia da Câmara Federal de combate a corrupção através de um pacto entre todas as alianças".De acordo com o líder do DEM, Onyx Lorenzoni (RS), a proposta de que emendas parlamentares individuai, direcionada ao estado ou as prefeituras, vai evitar, segundo ele, todos os problemas de corrupção existente no setor público brasileiro.Para Lorenzoni o pacto construído por todos os líderes e conduzido pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, conseguiu unir todos os partidos independente de ser oposição ou não. "Nós fizemos um pacto para combater a corrupção no Brasil e nós vamos apresentar resultados a sociedade. A Câmara não teme o enfrentamento de questões espinhosas, não teme a apresentar propostas que são radicais, mas são fundamentais para que transparência e controle seja o que estado brasileiro consiga ter para controlar a corrupção", disse.Segundo o deputado Márcio França (PSB-SP) é desnecessária a vinda de prefeitos e governadores à Brasília para tentar buscar recursos para seus estados, pois isso incentiva a corrupção por envolver vários intermediários na relação. Na opinião de França, a idéia é que cada deputado possa fazer emenda individual, trabalhando diretamente com a prefeitura do município ao governo do estado."Isso vai permitir que a Câmara dos Vereadores, dos deputados estaduais e Tribunal de Conta da União dos Estados possam fiscalizar esse recurso ao invés de ficar ao cargo da comunicação e da imprensa para poder fazer a fiscalização", ressaltou o deputado.