Instituto do Coração demite e atrasa salários de funcionários no Distrito Federal

24/05/2007 - 13h16

Helena L'acosta
Da Rádio Nacional
Brasília - O funcionamento do Instituto do Coração do Distrito Federal (Incor-DF) está cada vez mais comprometido. Na terça-feira (22),71 funcionários foram demitidos. O superintendente doIncor-DF, David Uip, diz que os profissionais não recebemsalário há três meses e o fornecimento de material éinsuficiente para atender os pacientes. Dessa forma, segundo ele, seria impossível manter o hospital.“Istoinviabiliza o que o Incor pretende que é um tratamento deprimeira qualidade a população, principalmente setratando de um hospital que atende a alta complexidade. Entãonão restou outro caminho a Fundação Zerbini anão ser denunciar o contrato que tinha com o Ministérioda Defesa”, explica David Uip.“Éimportante que todos saibam que nós fizemos isso com muito pesar. Pesar por ser um hospital de primeira linha, pelosprofissionais que lá estão, que também sãode primeira linha e principalmente pela população. Nãosó de Brasília como o do Centro-Oeste inteiro.”Inauguradoem 2002 para ser uma unidade auto-sustentável, o projetoIncor-DF não funcionava como deveria. Pelo contrário,gerou prejuízo de R$ 30 milhões para a FundaçãoZerbini, responsável pelo instituto. Com a crise financeira, a fundação vai se desligar do Incor-DF até o dia21 de junho, mas continua a dar apoio ao Instituto do Coraçãodo Hospital das Clínicas, em São Paulo.Nodia 29 de março deste ano, foi suspenso o atendimento deconsultas e internações. Apenas a emergênciafuncionava. O Incor-DF retomou as atividades em 24 de abril, apóso Senado Federal libera R$ 2 milhões. A verba foisolicitada em caráter emergencial. Entreas atividades do Incor-DF está a pesquisa com células-tronco.