Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Programa de Combate ao Racismo Institucional, criado em 2001, foi avaliado hoje (24) em um seminário no Palácio do Itamaraty, em Brasília. Desenvolvido pelo governo federal, prefeituras, Ministério do Governo Britânico para o Desenvolvimento Internacional (DFID) e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), ele tem incentivado o combate ao preconceito racial em áreas como saúde e educação.
O pesquisador Luciano Cerqueira, do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), acredita que os avanços já podem ser sentidos no trabalho contra o racismo no Brasil, embora ainda existam muitos desafios. “Avançamos sim. Mas a gente tem muito que avançar ainda. Acho que a área que a gente precisa mais avançar é a dos direitos humanos e acesso à Justiça, que está muito precária”, diz Cerqueira, um dos coordenadores da Campanha contra o Racismo realizada pelo Ibase.Segundo ele, o reforço na tratamento da anemia falciforme, mais freqüente na população negra, é um dos exemplo de avanço no combate ao racismo institucional no Brasil. No campo da educação, o pesquisador do Ibase avalia que outro ganho foi a discussão de cotas. O Ibase realiza nos próximos dias 28 e 29 um seminário reservado no Rio de Janeiro, voltado para a discussão do relatório anual da entidade. Será tratada também a questão da discriminação racial.