Mais dois acusados são liberados após depoimento no Superior Tribunal de Justiça

22/05/2007 - 14h59

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Outros dois acusados presos pela Operação Navalha, da Polícia Federal, prestaram depoimento à ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e foram liberados. São eles: Denilsson de Luna Tenório, ex-sub-secretário de Infra-Estrutura de Alagoas; e Enéas de Alencastro Neto, representante do governo de Alagoas em Brasília. A ministra ainda vai tomar o depoimento de mais oito pessoas hoje (22). Ontem, todos os suspeitos foram liberados após deporem. Até agora, 15 pessoas foram soltas.Neste momento ainda são tomados os depoimentos do diretor de Obras da Secretaria de Infra-Estruturade Alagoas, José Vieira Crispin; e do diretor do Detran de Alagoas,Márcio Fidelson Menezes. Do grupo da tarde, serão ouvidasmais seis pessoas: o chefe de gabinete do Ministério de Minas eEnergia, Ivo Almeida Costa; o servidor do Ministério de Minas eEnergia, Sérgio Luiz Pompeu Sá; o presidente da Companhia Energética doPiauí, Jorge Targa Juni; o prefeito de Camaçari (BA), Luiz CarlosCaetano; o assessor do secretário de Infra-Estrutura de Camaçari (BA),Edílio Pereira Neto; e o empresário José Edson Vasconcelos Fontenele.Ontem(21), a ministra livrou da prisão todas as pessoas que prestaramdepoimento. A expectativa é de que os depoentes de hoje também sejamsoltos depois de prestar esclarecimentos. Entre os que tiveram orelaxamento da prisão estão o filho do governador de Sergipe, JoãoAlves Neto, o prefeito de Sinop (MT), Nilson Aparecido Leitão, e osuperintendente de Produtos de Repasse da Caixa Econômica Federal,Flávio José Pin.Hoje, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido de habeas corpusdo presidente da Companhia Energética do Piauí (Cepisa), Jorge TargaJuni, um dos investigados.Juni entrou com um pedido de extensão de liminar deferida no habeas corpusdo conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil Ulisses César Martins de Souza, ex-procurador-geral do Maranhão. De acordo com Gilmar Mendes, a extensãodo habeas corpus só poderia ser concedida se a situação de Juni fosse idêntica ao do caso do conselheiro da OAB. A Operação Navalha, da Polícia Federal prendeu na semana passada 47 pessoas acusadas de participar de esquema de desvio de recursos destinados a obras públicas. O esquema seria chefiado pela construtora Gautama, de propriedade de Zuleido Veras.