Da Agência Telam
Assunção (Paraguai) - O Banco do Sulpermitirá obter a “integração energética”e a "modernização da infra-estrutura” da Américado Sul, afirmou hoje o presidente da Comissão deRepresentantes Permanentes do Mercosul, Carlos Chacho Alvarez.“A integraçãoenergética permitirá dar autonomia à regiãopara levar a cabo um modelo de desenvolvimento com margens deliberdade em relação aos centros de poder”, disseele, durante a 5ª Reunião Extraordinária doConselho do Mercosul, hoje, em Assunção.“Da mesma forma, amelhoria da conectividade e da infra-estrutura da região”,financiada com um banco local baseado nas necessidades do bloco,“permitirá que a América do Sul não dependa deorganismos multilaterais de crédito que têm sua próprialógica” quando financiam projetos, segundo ele.“Estes trêsinstrumentos: a integração energética, amodernização da infra-estrutura e a criaçãodo Banco do Sul vêm no sentido de garantir o projeto deintegração sul-americana para criar um modelo dedesenvolvimento próprio”, disse o presidente da comissão.Com relaçãoà reunião na capital paraguaia, Chacho afirmou que oschanceleres do Mercosul tratarão do tema das assimetrias entreos países do bloco e procurarão “desenvolver projetosque permitam atenuar essas diferenças e facilitem odesenvolvimento complementar”. “Por isso, estamosinsistindo na formação de redes de pequenas e médiasempresas que possam trabalhar juntas, fazer holdings exportadores comprojetos compartilhados”, completou.A proposta que vem sendo analisada de criar uma instituição bancária voltada ao desenvolvimento da região já congrega países como Venezuela, Argentina, Bolívia e Brasil. A denominação "Banco do Sul" foi proposta pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez.