Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Servidores do InstitutoNacional de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) tentamconvencer deputados a rejeitar as mudanças no órgãofederal, determinadas pela Medida Provisória (MP) 366, editadapelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A MP criou oInstituto Chico Mendes de Conservação daBiodiversidade, que retira do Ibama a gestão das unidades deconservação federais.O presidente daAssociação Nacional dos Servidores do Ibama (Asibama),Jonas Corrêa, afirmou que o "esforço concentrado"dos funcionários do Ibama com os deputados e senadores étentar "sensibilizá-los" para que rejeitem a medidaprovisória, que, segundo ele, prejudica as açõesde gestão e fiscalização."Por demandar quemais de um órgão participe de ações queantes eram atribuição apenas do Ibama, a divisãolevará a um aumento da burocracia necessária para osprocessos de licenciamento analisados pelo instituto. Essesprocessos, que antes passavam por oito etapas entre o Ibama e oempreendedor, passarão a ter 36 etapas", afirmou oservidor.Para garantir aconversa com o maior número possível de parlamentares,os servidores decidiram mobilizar equipes que atuam, simultaneamente,na Câmara e no Senado. Corrêa informou que amanhã(16) está marcado um café da manhã com a FrenteAmbientalista da Câmara, no Auditório Nereu Ramos.Acrescentou que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, deverácomparecer ao encontro.O presidente da Asibamaafirmou que a liminar concedida pela Justiça que exige que, nomínimo, 50% dos servidores trabalhem está sendocumprida pelos grevistas. "Os portões estãoabertos, entre quem quer", comentou. Jonas Corrêaacrescentou que, mesmo com metade dos 4.600 servidores trabalhando,não há como os serviços técnicos dainstituição funcionarem. Um dos senadoresvisitados hoje por Corrêa foi Antonio Carlos Magalhães(DEM-BA). O presidente da Asibama não soube informar quantosparlamentares já conversaram com os servidores em greve.