Pacto brasileiro de combate à corrupção recebeu a adesão de 353 empresas

12/05/2007 - 11h36

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O pacto empresarial brasileiro de combate à corrupção, organizado peloInstituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, contaatualmente com 353 empresas e 76 entidades econômicassignatárias em todo o país. Segundo destacou osecretário-executivo da entidade, Caio Magri, o número ésuperior ao do pacto do Fórum Econômico Mundial, que não chega a 150 empresas filiadas.Na semana passada, 20 empresas do Rio de Janeiro aderiram ao pacto nacional, além daFederação das Indústrias do Estado do Rio deJaneiro(Firjan) e do Conselho Empresarial Brasileiro para oDesenvolvimento Sustentável(CEBDS).  Os signatáriosconcordam em combater a corrupção, improbidadeadministrativa, fraudes e crimes contra a ordem econômica,mantendo essa postura em todas as relações comgovernos, funcionários e fornecedores.Caio Magri disse que a adesãoé maior em São Paulo, devido a uma característicaprópria da relação das empresas como movimento de responsabilidade social empresarial. “As empresasque estão mais avançadas em práticas de gestãosocial responsável em todos os anos são as quetêm de fato uma antena mais dirigida a essas questõese, portanto, estão aderindo com uma velocidade maior”,afirmou o executivo.A articulação do pactono Brasil conta com seis grandes parceiros, que são oInstituto Ethos, Fórum Econômico Mundial, a Agênciadas Nações Unidas de Combate às Drogas  eao Crime Organizado (UNODC), o Comitê Brasileiro do PactoGlobal, o o Programa das Nações Unidas para oDesenvolvimento Sustentável (PNUD) e a Patri RelaçõesGovernamentais & Políticas Públicas. Existe interesse de paíseslatino-americanos em copiar a experiência do pactobrasileiro.Já assinaram o pactocompanhias de São Paulo, Paraná, Amazonas, EspíritoSanto, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Os próximos estados aaderir à iniciativa são o Rio Grande do Sul, no dia 22de junho, e Santa Catarina, em agosto. Foiidentificado também um interesse potencial para adesãode empresas no Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Bahia. Magri acreditaque até o final deste ano poderá ser cumprida umaagenda bastante dinâmica, de modo a ter quase todos osestados com base de associados Ethos e responsabilidade socialaderindo ao pacto. A idéia é avançar nas regiõesCentro-Oeste e Nordeste até dezembro.A base jurídica do pactonacional contra a corrupção  é o marcolegal brasileiro, ou seja, a Constituição, alémde legislações específicas sobre a relaçãopúblico-privada e  as Convenções  daOrganização dos Estados Americanos (OEA), da ONU e daOrganização de Cooperação para oDesenvolvimento Econômico(OCDE)  e os princípios doPacto Global.