Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Brasil está a um passo de ter o seu pacto empresarial de combate à corrupção integrado ao pacto do Fórum Econômico Mundial. O secretário-executivo do Instituto Ethos, Caio Magri, coordenador da iniciativa, diz que até meados de junho próximo essa integração poderá ser anunciada.A sugestão geral é caminhar para que haja uma adesão solidária. Com isso, as empresas multinacionais que aderiremao pacto contra a corrupção do Fórum Econômico Mundial seriamautomaticamente signatárias e responsáveis pelos compromissos do pacto noBrasil, desde que tenham atuação no país.O mesmo aconteceria no sentido inverso, ou seja, uma empresa brasileirasignatária do pacto que tenha atuação fora do país terá tambémresponsabilidades com o pacto do Fórum Mundial. As negociações para aintegração dos dois pactos empresariais de combate à corrupção foraminiciadas em Santiago, no Chile, no mês de abril, durante a reunião doFórum Econômico Mundial na América Latina.Representantes do Fórum Econômico Mundial fazem parte do comitê organizador do pacto brasileiro. As duas iniciativas têm vários pontos coincidentes. Buscam trazer para o setor privado uma série de responsabilidades e compromissos para contribuir com a prevenção e o combate à corrupção.Segundo Caio Magri, o fato de o setor privado ter grande responsabilidade no problema o compromete a buscar, também, a solução. O secretário-executivo do Instituto Ethos informou que o prazo para finalizar os estudos sobre o pacto internacional e anunciar as conclusões será encerrado em meados de junho. A partir daí, se começará a pensar na integração formal dos dois documentos.As empresas signatárias também deverão ser consultadas, uma vez que precisam estar de acordo com as responsabilidades mútuas. Ainda não foi definido se essas responsabilidades mútuas vão ser obrigatórias ou optativas. As multinacionais deverão ser mutuamente responsáveis nos dois pactos.