Marcia Wonghon
Repórter da Agência Brasil
Recife - Foi inaugurado hoje (27), em Recife, o primeiro Centro de Tecnologia Audiovisualdo Nordeste (CTAv). Uma antiga reivindicação dos produtorescinematográficos na região, o centro vai funcionar na Fundação JoaquimNabuco.
A instituição vai atuar no apoio a produções cinematográficasindependentes e na formação de profissionais do setor de audiovisual como fotógrafos, assistentes de direção, técnicos de som emaquinistas, em parceria com governo do estado ea Prefeitura do Recife.
Os cursos vão ser ministrados com apoio de especialistas do Centro deTecnologia Audiovisual do Rio de Janeiro, que desenvolve há 20 anos ações nasáreas de fomento, formação, difusão e memória do audiovisual brasileiro.
De acordo com o secretário de Audiovisual do Ministério da Cultura, Orlando Senna, o centro integra a políticade descentralização da produção audiovisual do ministério. Em 2005, o setor de audiovisual movimentou mais de R$ 25 bilhões, com faturamento de ingressos de cinema,vídeo e publicidade.
“Temos que fazer com que a produção regional cresça dia adia. Estamos incorporando ao processo regiões tradicionalmente excluídas dasações governamentais do setor. É evidente que vamos ter ainda, durante muitotempo, uma produção audiovisual forte no Rio de Janeiro e São Paulo, já que setratam dos eixos industriais mais poderosos do país. Para que não houvessedesigualdade na distribuição de recursos, o governo federal aumentou em 150% osinvestimentos nessa atividade”, disse.
De acordo com Senna, a expectativa com a inauguração do CTAv Nordeste é que haja um impulso na atividade cimematográfica de toda a região.
Os produtoresindependentes do Nordeste vão poder contar com uma câmera cinematográfica de35mm de última geração, que custou R$1,5 milhão e foi doada ao centro pelo Ministério da Cultura. Autilização gratuita do equipamento se dará por meio de processo de seleção dosprojetos cinematográficos apresentados.
Dados do Ministério da Cultura indicam no ano passado o Nordeste foiresponsável por 30% da produção cinematográfica nacional.