Parceria entre governo e cientistas levará obras literárias para escolas de ensino médio

27/04/2007 - 16h53

Juliana Andrade
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Secretaria de EducaçãoBásica do Ministério da Educação (MEC) vai firmar uma parceria com a Sociedade Brasileirapara o Progresso da Ciência (SBPC) para definir as obras literárias maisimportantes direcionados aos alunos matriculados no ensino médio.O Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) prevê o Programa Nacional Biblioteca da Escola para o Ensino Médio(Pnbem). O programa possibilitaráque mais de 7,7 milhões de alunos tenham acesso a obrasliterárias nas escolas onde estudam.“Aidéia é que tenhamos nas bibliotecas livros quepropiciem o complemento da educação desses alunos”,afirmou o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Daniel Balaban. Ele lembrou que muitas universidades públicascobram o conteúdo de obras literárias brasileiras nosvestibulares. “Dessa forma, os alunos terão maiscondições de participar de vestibular, em pé deigualdade com os de escolas privadas.”O Plano deDesenvolvimento da Educação também prevê adistribuição, em 2008, de livros didáticos dehistória e química a estudantes do ensino médioe, em 2009, de física e geografia. Com isso, os alunos dessenível de ensino passarão a receber livros de todas asdisciplinas. Atualmente, eles já recebem de matemática,português e biologia.Em 2007, o investimento em livro didáticopara o ensino médio será de R$ 246 milhões. Em 2008, 17.049bibliotecas devem ser atualizadas e ampliadas em instituiçõesde todo o país. O investimento do governo federal seráde R$ 17,5 milhões. Atualmente, o Programa Nacional Biblioteca daEscola atende alunos do ensino fundamental.Além da ampliaçãopara os estudantes do ensino médio, o PDE também prevêa expansão para o ensino infantil. No ano que vem, o MEC vaidistribuir acervos para 85.179 escolas públicas, onde estudammais de cinco milhões de alunos.Para isso, serão investidos R$ 11 milhões.“A importância da leitura e exatamente ter o contato ecomeçar a ver como é gostoso ler um bom livro. Quandomais cedo as nossas crianças tiverem esse contato com oslivros, mais cedo nós vamos mudar esse patamar”, destacou o presidente do FNDE.