Embargo à carne argentina não afetou comércio entre Brasil e aquele país, diz exportador

27/04/2007 - 15h37

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O embargo temporárioa alguns tipos de carne argentina, porcausa de um foco de febre aftosa na província de Corrientes,  não afetou o comércio desse produto entre o Brasil e a Argentina. A afirmação foi feita hoje (27) pelo diretor executivo daAssociação Brasileira das IndústriasExportadoras de Carne (Abiec), Antônio Jorge Camardelli. Nestasemana, o Ministério da Agricultura confirmou que o embargo,que começou em fevereiro do ano passado, foi retirado, já que,no último mês, a Argentina ganhou o status de paíslivre de febre aftosa, concedido pela OrganizaçãoInternacional de Saúde Animal. O motivo é queos Brasil continuou a importar produtos permitidos, como industrializados ou carne sem osso. Segundo Camardelli, sãoprodutos como o entrecôte (corte de carne semelhante ao contrafilé) e a picanha, que o Brasil ainda nãoproduz com a mesma qualidade que a Argentina. Esse cortes sãoimportados principalmente para consumo em restaurantes. “Sãoprodutos que normalmente já vinham ao Brasil. Pelascaracterísticas raciais que predominam em grande parte do [rebanho bovino] brasileiro, ainda não conseguimos apresentar um produto com gostoe maciez, apesar do trabalho que se está fazendo para chegar aisso. A importação supre a necessidade de mercado,pontualmente”, disse Camardelli. Segundo dados do Ministério da Agricultura, apesar do embargo, em2006, o Brasilexportou US$ 41,3 milhões e importou US$ 35,7 milhõesdaquele país. O Brasil tinhasuspendido o ingresso de animais vivos e de seus produtos e subprodutos,suscetíveis à febre aftosa (bovinos, suínos,caprinos, ovinos e bubalinos), originários ou procedentes daProvíncia de Corrientes, na Argentina, a 280 quilômetrosdo Rio Grande do Sul. Também ficaram suspensas as importaçõesde toda a Argentina de animais vivos, sêmen, carne com osso,carne não industrializada.