BNDES dobra aprovação de crédito no primeiro trimestre

10/04/2007 - 21h25

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
RIo de Janeiro - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) bateu vários recordes em suas linhas de cŕedito no primeiro trimestre deste ano. No acumulado janeiro/março de 2007, os desembolsos subiram 66% e as aprovações cresceram 95% em relação ao mesmo período do ano passado. O novo recorde representou R$ 11,2 bilhões de recursos liberados.Os empréstimos para a indústria representam quase metade dos desembolsos efetuados entre janeiro e março de 2007 mostrando crescimento de 136% sobre o mesmo período do ano passado. “Nós estamos já pelo terceiro ou quarto mês consecutivo anunciando recordes em aprovações e desembolsos em 12 meses”, afirma o presidente do BNDES, Demian Fiocca.Fiocca destacou que, para 2007, a carteira do BNDES para a área de saneamento em 2007 reúne projetos no valor de R$ 2,58 bilhões. Desse total, o banco já tem aprovados R$ 350 milhões e outros R$ 430 milhões se acham em fase de aprovação.No período dos últimos 12 meses os desembolsos do BNDES atingiram R$ 56,8 bilhões, o que corresponde a um crescimento anualizado de 28% em relação ao mesmo período anterior. Do mesmo modo, o volume total de  aprovações também foi recorde no período, acumulando um total de R$ 82,1 bilhões, o que equivale a um crescimento de 49% em relação aos 12 meses anteriores.O presidente do BNDES atribuiu à boa gestão os resultados recordes do banco. Além de atestar que a economia  brasileira está caminhando bem, os dados  comprovam o êxito das medidas recentes tomadas pela diretoria do banco no sentido de  realizar as mesmas operações com maior agilidade, afirmou.A flexibilização de garantias, a racionalização de processos e a revisão de documentação para contratação  foram algumas dessas medidas. A essas se somam outras medidas de financiamento utilizando instrumentos do mercado de capitais. Fiocca destacou, porém, que não  estava fazendo um balanço de sua gestão e  nem quis comentar sua  eventual saída da presidência do banco.Segundo enfatizou hoje o presidente do BNDES, o resultado dos desembolsos mostra que “ em março nós já estamos  rodando a quase R$ 57 bilhões”. O valor se aproxima da meta aprovada em fevereiro para  os desembolsos este ano, que varia entre R$ 58 bilhões a R$ 61 bilhões, recordou.Ele informou que nos últimos dez anos, tomando 1997 como início da série histórica, os desembolsos e as aprovações  ficaram muito próximos ano a ano, tendo evoluído do patamar de R$ 20 bilhões em 1997 para R$ 40 bilhões entre 2002 e 2004, com oscilações pequenas entre um ano e outro. A partir de 2005, entretanto, houve um descolamento no que se refere às aprovações. Esse estágio  dos projetos mostra, segundo Fiocca, “a combinação da disposição do empreendedor  de investir e tomar empréstimos e da capacidade do  BNDES de aprovar as operações e desempenhar”.Na avaliação do presidente do BNDES, outro dado que é revelador do desempenho positivo da instituição em sua administração é a questão dos prazos. Ele afirmou que esse era um desafio nas grandes operações diretas. E anunciou que “hoje, efetivamente, nós chegamos ao menor prazo para as operações complexas, que não são automáticas, nos últimos dez  anos”. A queda superou 30% em média nas operações diretas em março deste ano em comparação a março de 2006, caindo de 10 a 12 meses entre 2000 e 2004 para 6,8 meses em março passado.