Clara Mousinho
Da Agência Brasil
Brasília - Reitores de universidades federais, estaduais e municipais se reuniram hoje (10), em Brasília, para discutir o Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), da Secretaria de Educação a Distância, do Ministério da Educação (MEC).  O objetivo do encontro foi apresentar o programa às instituições estaduais e municipais, que a partir de agora poderão aderir à iniciativa. O diretor de Políticas em Educação a Distância do MEC, Hélio Chaves Filho, explicou que  o evento pretende estimular a adesão das universidades estaduais e municipais. “O encontro completa um ciclo de convite a universidades públicas para aderirem o Programa da Universidade Aberta do Brasil, para conseguir um sistema mais forte e capacidade de oferta maior”.Chaves destacou a importância da participação de todas as instituições de Ensino Superior. “A adesão vai complementar uma necessidade de mais instituições oferecendo esses cursos. A UAB não pode contar só com instituições federais, no sentido de que nós precisamos de um sistema com uma capacidade de oferta muito maior, dado nosso déficit na educação superior. Hoje somente 10% dos jovens de 18 a 24 anos têm acesso a universidades. Isso acontece por vários motivos, dentre eles a oferta nunca está casaca com a demanda. Por isso, precisamos de um modelo flexível para levar a educação Superior para o interior”.De acordo com o secretário de Educação a Distância do MEC, Ronaldo Mota, o programa tem como prioridade o compromisso com a educação básica, principalmente por meio da formação de professores. “ É através deste programa que será possível atender milhares de professores de educação básica que apesar da lei exigir, não têm o título superior. Um primeiro público a ser atendido é a ordem de 700 mil professores”, explicou. O presidente da Associação Brasileira de Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (Abruem), José Onofre da Cunha, afirmou que o programa Universidade Aberta do Brasil é importante para todas as universidades e para o desenvolvimento do país. “Há uma preocupação com a interiorização e a democratização do processo de Educação Superior. A UAB faz uma inclusão social. Muitas dos talentos que estão por este país e nunca tiveram oportunidade, hoje podem se graduar através da educação à distância”, disse.Segundo Mota, o resultado dos cursos superiores a distância são satisfatórios. “É uma surpresa muito grande as comunidades locais, que talvez nunca imaginassem que poderiam ter, agora têm a oportunidade de fazer cursos nas melhores instituições do país ofertadas em suas condições locais”.O Programa Universidade Aberta do Brasil é uma iniciativa que tem objetivo de levar a educação superior ao interior do país. O sistema já conta com 290  pólos de apoio prensencial que promovem atividades educacionais. As universidades estaduais e municipais podem aderir ao Universidade Aberta do Brasil até o dia 20 de abril.