Agência Lusa
Lisboa (Portugal) - A missão da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) criada para acompanhar a eleição presidencial no Timor Leste ficou satisfeita com o desenrolar do processo eleitoral, considerando que o país cumpriu as normas e critérios exigíveis.Em uma "declaração preliminar” à imprensa, divulgada hoje (10), em Lisboa, a missão de observadores lusófonos se diz satisfeita, apesar de terem sido registradas algumas perturbações relacionadas com as alterações introduzidas na legislação após a convocação das eleições.A missão da CPLP, liderada por Apolinário Mendes de Carvalho (de Guiné-Bissau), apela aos candidatos e seus partidários para que "com serenidade e postura democrática", respeitem os resultados que forem proclamados pelo Tribunal de Recurso timorense, "em consonância com a vontade popular livremente expressa".A missão apela também aos diferentes candidatos que "continuem trabalhando para o estabelecimento de plataformas institucionais que garantam uma estabilidade política duradoura para o país", segundo a nota.A missão da comunidade lusófona, que chegou a Dili na sexta-feira, felicita o governo, o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (Stae) e a Comissão Nacional de Eleições (CNE) do Timor Leste pela forma como conseguiram organizar a votação.Por outro lado, minimiza a existência de "incidentes pontuais" no decorrer da campanha eleitoral e declara confiar que o normal funcionamento das instituições competentes apure as responsabilidades, "contribuindo para a consolidação de um clima de segurança, condição essencial a um Estado de Direito".Angola e Cabo Verde, devido a razões de ordem logística, foram os únicos países da comunidade que não enviaram observadores para a missão, que contou com representantes do Brasil, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe.