Clara Mousinho
Da Agência Brasil
Brasília - A proposta de regulamentar o funcionamento de salas estabelecimentos comerciais exclusivas em para o fumo de cigarros, cigarrilhas, charutos e outros produtos derivados do tabaco, em consulta pública pela Angência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), divide opiniões de proprietários de restaurantes, bares e casas noturnas. De acordo com o presidente do Sindicato de Hotelaria e Gastronomia de Porto Alegre, Daniel Antoniolli, essa proposta tem apoio de setores como os de restaurantes, mas é criticada por donos de bares e boates.“A categoria de donos e bares de restaurantes é muito ampla e de interesses diversos. Estabelecimentos de vida noturna como bares e boates entendem que vão ser prejudicados. O freqüentador costuma fumar mais do que a média. Um fumante vai pra um bar beber alguma coisa e acaba fumando. Mas muitos restaurantes entendem que isso iria simplificar o problema de uma camada grande da sociedade que não fuma e não quer ser importunada”, explica.Antoniolli ainda disse que a consulta da Anvisa mostrará o desejo da população e a categoria tem que atendê-lo. Mas ele afirmou que é contra a punição dos proprietários de estabelecimentos por causa de clientes fumantes. “É certo o proprietário fixar cartazes se a lei o definir, mas ele não pode ser punido por um ato de um cliente seu que desrespeite a lei. Até porque ele não tem poder de polícia.”, reclama.O gerente de Tabaco da Anvisa, Humberto Martins, explicou que a Lei 6.437/97 determina a punição dos proprietários e fumantes. Martins acredita que, com isso, os próprios donos dos estabelecimentos vão atuar e a também a população como um todo.A consulta vai até o dia 1º de maio. A críticas e sugestões podem ser enviadas paro o email controle.tabaco@anvisa.gov.br, para o fax (021)3232-3588 ou pelo endereço: Gerência de Produtos Derivados do Tabaco/ Anvisa, Praça Mauá nº7, 19º andar, Rio de Janeiro – RJ, CEP 20081-705. Segundo Martins, a nova norma deve entrar em vigor m 31 de maio, dia anti-tabaco. Os estabelecimentos vão ter 180 para se adaptar.