No interior de Goiás, faltam centros educativos para jovens em conflito com a lei

07/04/2007 - 0h23

Irene Lôbo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A falta de unidades para o cumprimento de medidas socioeducativas no interior do estado de Goiás seria a razão pela qual 77 adolescentes estavam presos em cadeias comuns na primeira quinzena de agosto do ano passado. Os dados constam do último Levantamento Nacional do Atendimento Socioeducativo, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos.

Segundo o promotor Márcio do Nascimento, do Centro de Apoio da Infância e da Juventude do Ministério Público de Goiás, essa situação é comum nas cidades que não dispõem de centros de atendimento para crianças e adolescentes. Ele afirma que na capital esse problema não acontece.

“Nas cidades do entorno, estamos equacionando essa situação para que todos os adolescentes sejam encaminhados ao centro de internação de Goiânia, que tem capacidade para 60 internos. Estão na unidade atualmente cerca de 40 menores, portanto há vagas”, diz o promotor.

Em relação ao problema no interior do estado, Nascimento relata que as vagas estão aumentando gradativamente. Segundo ele, em 2004 haviam 76 vagas em todo o estado. Em 2006, esse número aumentou para 415.

Está em construção um centro de internação para o cumprimento de medidas socieducativas na cidade de Formosa, que terá capacidade para 40 adolescentes e atenderá as cidades do entorno do Distrito Federal. “Nós estamos equacionando o problema, que é maior nessa região.”