Grazielle Machado
Da Agência Brasil
Brasília - Astelevisões universitárias além de sofrerem com afalta de recursos financeiros, não conseguem atingir grandeparte do seu público alvo. As reclamações sãodo presidente da Associação Brasileira de TelevisãoUniversitária (ABTU), Gabriel Priolli. Ele espera que asegunda rodada de debates do I Fórum Nacional de TVs, queacontecerá nesta segunda-feira (9) seja apresentada uma solução para esses problemas.De acordo com GabrielPriolli, a maioria dos canais universitários estãoem TVs à cabo, que restringe o público, jáque poucas pessoas têm acesso a esse tipo de televisão.“Faria mais sentido a gente poder falar para grande audiência,que são pessoas mais carentes de informação e deeducação. Grande parte dos que assistem à TVpaga já tem uma boa formação”. Priolli defende que é preciso definir como as TVsuniversitárias devem ser mantidas. “Queremosdefinir esse questão, queremos que haja mais financiamento do Estado, da iniciativa privada e do terceiro setor para que a gentepossa fazer os canais cada vez melhores e prestar melhor nossoserviço”, disse.Opresidente da ABTU defende um sistema de financiamento múltiplo,com dinheiro do Estado, da iniciativa privada e também comrecita publicitária. “Issodeve ser bem regulamentado e deve ter um limite de nãoultrapassar um determinado percentual da receita das TVs para queesses canais não comecem a operar numa lógicacomercial. Não queremos competir com as TVs comerciais, anossa lógica de programação é diferente”.Outragrande dúvida para as televisões universitárias,segundo Gabriel, é a futura migração para umsistema digital. Ele ressalta que a adaptação do atualsistema analógico para o digital é muito cara e quepara isso muitas emissoras vão precisar de financiamentos. OI Fórum Nacional de TVsé um processo de discussão dos problemas das TVspúblicas e estatais, que começou em setembro do anopassado. Agora no dia 9 (segunda-feira), será o lançamento do segundocaderno de debates, com apresentação das conclusõesda primeira parte do debate, que serãodiscutidas e avaliadas entre de 8 a 11 de maio, em Brasília.