Instituto nacional implementa cursos de especialização em propriedade intelectual

06/04/2007 - 20h00

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Em uma iniciativa inédita em toda a América Latina, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, criou a Academia da Propriedade Intelectual.Segundo o presidente do instituto, Jorge Ávila, o objetivo é, por meio dela, organizar de forma mais cuidadosa e completa o esforço de educação e pesquisa em propriedade intelectual,  promovendo a interconexão desse trabalho com ações efetuadas em outros países, através de academias semelhantes.O novo instrumento pretende capacitar não só as empresas para o uso correto da propriedade intelectual, mas todos os públicos potencialmente interessados ou que possam extrair valor ou, ainda, que tenham alguma contribuição a dar nesse campo, servindo também à difusão de uma cultura específica nessa área.“Isso inclui as empresas, o Poder Judiciário, diplomatas, os próprios examinadores e técnicos do Inpi, professores universitários, pesquisadores”, destacou Ávila. Será criada também uma rede internacional de Academias da Propriedade Intelectual.Essa rede promoverá o intercâmbio de pesquisas e treinamento nessa área entre as diversas academias existentes no mundo. O primeiro grande programa associado à academia é o Mestrado da Propriedade Intelectual e Inovação, iniciado na última semana.A academia do INPI oferece desde cursos rápidos, cujo objetivo é suprir de informações básicas pequenos empresários, até cursos para pessoas que necessitem de um aprofundamento maior, que podem ser formuladores de políticas públicas, pesquisadores da questão da inovação e do desenvolvimento, juízes, entre outros.A  discussão da matéria em nível educacional, através de parcerias com universidades, facilitará o surgimento de um novo profissional no Brasil, especializado em propriedade intelectual.“É importante lembrar que já existe hoje o Agente da Propriedade Intelectual e advogados que trabalham com a questão da propriedade intelectual, que são bastante capacitados. Mas é um público pequeno. A gente tem a percepção de que hoje no Brasil é necessário que o público que conhece esse assunto seja um público muito mais amplo.”Em outros países emergentes, como a China e a Coréia, já existem Academias da Propriedade Intelectual. O mesmo ocorre na África, onde a Associação da Propriedade Intelectual dos Países de Língua Inglesa (Aripa) criou uma unidade similar.