Empresa privada patrocina projeto desenvolvido por pesquisadores federais

19/02/2007 - 23h22

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A primeira fase do projeto de biolixiviação desenvolvido pelo Centrode Tecnologia Mineral (Cetem), do Ministério da Ciência e Tecnologia,conta com investimento de R$ 130 mil da Mineração Caraíba, produtora decobre instalada no interior da Bahia. O coordenador do projeto, LuisSobral, disse que, com esse diferenciador (a nova tecnologia) acompanhia poderá obter melhor colocação de seu produto acabado nomercado.A biolixiviação permite reduzir a emissão de gases poluentes durante a extração do concentrado de cobre. Diminui, conseqüentemente, as emanações que contribuem para o efeito estufa na atmosfera.Nasegunda etapa, relativa à ampliação da escala piloto, que dará partidaà engenharia do processo, a empresa aplicará cerca de R$ 300 mil.“Temos que fazer ampliações de escala gradativas, para que o processoindustrial ocorra com sucesso”.  A segunda fase do projeto já foiautorizada pela empresa. O projeto global, incluindo a escalaindustrial, deverá ser completado até o início de 2010. ParaSobral, parte do sucesso do projeto de biolixiviação deve-se àMineração Caraíba. “A Caraíba acreditou no centro de pesquisas dogoverno federal e patrocinou o estudo”. Sobral destacou que, aocontrário do que ocorre com outras companhias brasileiras, queprocuram  tecnologia estrangeira, a Caraíba apostou na capacidadede pesquisadores brasileiros.Para a comunidade instalada noentorno da mineração, os ganhos são o treinamento de pessoal, a criaçãode empregos e a melhoria da  infra-estrutura local. “Com o adventodessa planta nova, que vai ser única no mundo para concentradosde  flotação, a Caraíba vai ser  realmente um grandediferenciador em termos de  custo, de impacto ambiental e deresponsabilidade social”, disse Sobral. Ele acredita também na melhoriada qualidade de vida da população. O projeto total até a escalaindustrial, envolvendo a construção da nova planta, deverá consumirinvestimentos de até US$ 20 milhões.Segundo Sobral, a grandevantagem do concentrado de cobre produzido pela Mineração Caraíba é queele não tem emissão. “Ele é puro. Só tem sulfetos de cobre. Então, elenão agrega nenhum impacto ambiental”, afirmou.