Consórcio de Furnas e Odebrecht fez estudos sobre potencial do Madeira gerar energia

19/02/2007 - 7h54

Lana Cristina
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os estudos sobre a possibilidade do Rio Madeira gerar energia elétrica e doimpacto ambiental das hidrelétricas foram feitos por um consórcio formado pelaestatal de energia Furnas e pela construtora Norberto Odebrecht.O consórcio entregou o Estudo de Impacto Ambiental (EIA/Rima), um relatóriocom o resultado dos estudos, em setembro do ano passado. Depois disso, o Ibamarealizou as audiências públicas, que chegaram a ser suspensas pela Justiça, queconcedeu liminar ao Ministério Público Federal e ao Ministério Público deRondônia.“Dois promotores entenderam que não havia informações suficientes para queas audiências se realizassem. Depois, o Tribunal Regional Federal suspendeu aliminar e as audiências foram realizadas”, segundo o coordenador dePlanejamento e Gestão do MP do estado, Marcos TessilaPassada a fase das audiências, nas quais o Ibama colheu informações sobre apopulação local e a região, o processo entrou na etapa de análise técnica pelaequipe de licenciamento ambiental.Se sair a licença, o ministério de Minas e Energia e a Agência Nacional deEnergia Elétrica (Aneel) organizam o leilão para escolher o empreendedor quevai construir as usinas. De acordo com o secretário-executivo do ministério,Nelson Hubner, se a licença sair em fevereiro, a data mais próxima pararealização do leilão é julho.“Quem ganhar o leilão, vai ter que seguir ascondicionantes que o órgão ambiental estipular e, a partir daí, montar osProjetos Básicos Ambientais. Os PBA’s têm que atender as condições. Depois queos projetos ambientais forem analisados e aprovados, o órgão ambiental concedea licença de instalação, que permite começar a obra”, explicou.