Para economista, preocupação agora é com implementação do PAC

23/01/2007 - 21h58

Juliane Sacerdote
Da Agência Brasil
Brasília - As medidas previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado ontem (22) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, são "extremamente positivas", na opinião do professor de economia Cláudio Dedecca, da Universidade de Campinas (Unicamp). O desafio, agora, será cumprí-las e implementá-las efetivamente, disse. Em entrevista hoje (23) à Rádio Nacional, o professor listou uma série de indagações para essa implementação, como: "O  governo tem capacidade, está devidamente organizado para isso? Tem estratégias claras?". E disse esperar que "o Congresso seja sensível ao PAC e o aprove rapidamente", além do trabalho dos ministérios, "de forma articulada e convergente". Sobre a posição de alguns governadores, que se disseram insatisfeitos com determinados pontos do programa, o economista afirmou que o governo poderia ter ouvido as particularidades de cada estado. Mas ressalvou que "fazer criticas das medidas é desconhecer a situação real da economia brasileira”. Segundo Dedecca, “é fundamental o investimento, mas se o governo não definir medidas, dificilmente o setor privado vai agir de forma autônoma”. Ele lembrou que “todos ganham com o crescimento do país” e, por isso, a população deve ter uma “expectativa positiva”. “Ganham os empresários, em termos de produção; ganham os trabalhadores, em termos de aumento do nível de emprego e possível aumento de renda; ganha o Estado, em termos de arrecadação – e isso pode significar melhores condições para financiar as políticas públicas e sociais”, concluiu.