PAC marca momento histórico do desenvolvimento do Brasil, diz Tarso Genro

24/01/2007 - 9h56

Cristina Indio do Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) abre um novo momento históricopara o desenvolvimento Brasil. A afirmação é do ministro de RelaçõesInstitucionais, Tarso Genro.Em entrevista ao programa Notícias da Manhã, da Rádio Nacional,o ministro disse que desde os anos 60, com exceção do Plano de Metas do governoGeisel, o Brasil não tinha uma proposta coerente de crescimento.“O PAC se fundamenta em toda essa cultura desenvolvimentista que vem dosanos 60 e a renova, porque combina três elementos fundamentais: o Estado puxa odesenvolvimento e abre espaço para a confiança da iniciativa privada. De outraparte mostra que se precisar realizar um superávit menor, isso não abala aconfiança com o mercado financeiro mundial e em terceiro lugar propõe meta decrescimento ousada, que se dá com distribuição de renda”.De acordo com o ministro, não é difícil crescer 8% ou 10%. “Mas aí seconcentra renda, desestrutura a economia e depois volta para o zero, como vimosem determinados momentos na história dos países chamados semi-periféricos”,explicou.Genro afirmou que o programa representa a mudança no discurso políticoestratégico do governo, porque durante o primeiro mandato do presidente Luiz InácioLula da Silva havia a necessidade de manter a estabilidade macroeconômica combinadaàs políticas sociais.“A partir do PAC a palavra de ordem do governo é crescimento comdistribuição de renda e, portanto, faz uma alteração qualitativa de fundo noprojeto representado pelo governo do presidente Lula”.Para Genro, o programa é coerente por ter sido elaborado com fontesdefinidas de recursos e com previsão de um grande impacto na criação deempregos, uma vez que a previsão de investimentos nos próximos quatro anos é deR$ 503 bilhões. “Pela reação do chamado mercado e das agênciasinternacionais ele não agregou ponto de desconfiança em relação ao país, quepelo contrário, é visto como um país consolidado e forte com base para umcrescimento que este ano vai a 4,5% e 5 % no ano que vem”, explicou