Mais brasileiros poderão comprar computador, destaca secretário

23/01/2007 - 21h45

Érica Santana
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O secretário de Política de Informática doMinistério da Ciência e Tecnologia, Augusto Gadelha, disse hoje (23)que a medida que eleva os limites para aquisição de um computador peloprograma Computador para Todos para R$ 4 mil, prevista  noPrograma de Aceleração do Crescimento (PAC), "beneficiará não só apopulação de baixa renda, mas todos os brasileiros”.

Dadosdo ministério revelam que apenas cerca de 18% da população brasileiratêm acesso contínuo à internet. O Programa Computador para Todos, ou PCConectado, tem por objetivo garantir acesso da população que ganha atétrês salários mínimos a um computador e à internet. A nova medida, noentanto, estende o direito a todos os cidadãos brasileiros.

Parao secretário, é diifícil estimar em quanto aumentará o número decomputadores no país. Ele ressaltou, no entanto, a necessidade de ogoverno desenvolver projetos que ampliem o acesso da população àinternet. “O barateamento dos computadores terá que ser aliado amedidas de acesso da população à internet; à universalização da bandalarga”.

O governo investirá R$ 200milhões nesse projeto. As empresas que produzirem máquinas cujo valorpara o consumidor final não ultrapassar os R$ 4 mil terão isenção dePIS e Cofins. Atualmente, para que empresa tenha essa isenção, ummicrocomputador deve ter o valor máximo de R$ 2,5 mil. Já os portáteisdevem ter o valor máximo de R$ 3,5 mil. "Essa medida incentivará oaumento do mercado e, portanto, o barateamento dos computadores emgeral”, explicou Gadelha.

De acordo com osecretário, as pessoas que já fazem parte do Programa PC Conectadopoderão financiar a compra pela  Caixa Econômica Federal e peloBanco do Brasil. As grandes lojas também poderão fazer financiamentospelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Gadelhadisse esperar que as mudanças tenham impacto não só na quantidade decomputadores vendidos, mas também na redução do chamado "mercadocinza", de importação irregular das máquinas. "Com isso haverá maissegurança ao cidadão na manutenção e garantia dos computadores. E setrata de um sistema legalizado de venda", afirmou.