Famílias do Semi-Árido vão receber 70 mil cisternas para enfrentar seca

24/01/2007 - 9h43

Rômulo Rigaud
de A Voz do Brasil
Brasília - Durante o período de seca, muitas famílias que moram no Semi-Árido brasileiro sofrem com a falta de água. Para amenizar os efeitos da estiagem, umas das soluções é a construção de cisternas, um reservatório para o armazenamento de água da chuva.Uma cisterna com capacidade para 16 mil litros, garante água para uma família de cinco a oito pessoas por cerca de oito meses. Atualmente, cerca de 150 mil famílias no Semi-Árido têm reservatórios como esses em casa, construídos pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome em parceria com a Articulação do Semi-Árido Brasileiro (ASA) e com prefeituras dos municípios.Este ano, por essa parceria, devem ser construídas outras 70 mil cisternas na região. De acordo com o  coordenador do Programa de Cisternas do Ministério, Igor da Costa Arsky, com as cisternas, as famílias passam os oito meses de estiagem tendo acesso a água de boa qualidade.“Antes geralmente a mãe com seus filhos, percorriam longas distâncias para buscas água, muitas vezes de má qualidade em açudes, barreiros ou eram abastecidos com carros pipa", lembra Arsky.A moradora do município de Redenção no Ceará, Francisca Iolanda Balduíno do Nascimento, possui cisterna em casa. O reservatório foi construído a partir das parcerias entre o governo e a organização não-governamental. Segundo ela, mais do que qualidade de água, a família ganhou em qualidade de vida. “Mesmo para ter uma água que não era de qualidade, isso me custava um valor econômico alto. E depois da construção dessa cisterna na minha casa, além de diminuir esse valor econômico, eu passei a utilizar uma água de qualidade”, conta Francisca.Mais informações sobre o programa de construção de cisternas nas páginas da Articulação do Semi-Árido Brasileiro (ASA) e do Ministério do Desenvolvimento Social na internet.