Infraero diz que PAC aumentará capacidade de investimento nos aeroportos

23/01/2007 - 18h40

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira,afirmou hoje (23) que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) vaipossibilitar que a empresa inicie ou conclua importantes obras para aumentar asegurança e a capacidade de passageiros e de carga nos aeroportos brasileiros. A previsão é de investimentos de R$ 3 bilhões nainfra-estrutura aeroportuária durante os próximos quatro anos, sendo R$ 2bilhões do Orçamento da União e restante do caixa da própriaempresa.    Os investimentos serão direcionados para ampliar acapacidade anual de transporte de passageiros dos atuais 118 milhões para 158,3milhões, até 2010. O volume de cargas deve saltar das atuais 100 miltoneladas/ano para 291mil toneladas/ano.  De acordo com Carlos Pereira, 20 dos 67 aeroportosadministrados pela Infraero foram incluídos no PAC porque poderiam provocarfuturos estrangulamentos na economia brasileira. Entre eles, estão o deCongonhas e Guarulhos, em São Paulo; o Tom Jobim (antigo Galeão) e SantosDumont, no Rio de Janeiro, e o de Brasília. Ele deixou claro que não fosse o PAC, a Infraero teria queoptar por obras prioritárias. “Nós teríamos de cancelar alguma coisa. E estafoi a grande questão que se colocou, a ordem de cancelamentos. Vamos cancelar(a ampliação) o aeroporto de Macapá (AP), capital de um estado aonde não sechega por terra?”.Carlos Pereira disse que os demais 47 aeroportos sob aresponsabilidade da Infraero não incluídos no PAC também receberão melhorias,mas terão de ser custeadas exclusivamente pela empresa. O disse que apesar de o aeroporto de Teresina, ter ficado defora do PAC, o Piauí foi contemplado com a inclusão do aeroporto de Parnaíba.“Por que Parnaíba entrou? Porque é um dos locais mais carentes do Brasil, e derepente apareceu a salvação, que é o turismo europeu. Os primeiros vôos charter(fretados por agências turísticas) já estão pousando lá. Mas isso vai morrer senão aumentarmos aquela pista e a capacidade de recebermos aviões”, argumentou.