Tarso reafirma que Executivo não negocia com parlamentares para eleição na Câmara

19/01/2007 - 18h31

Ana Paula Marra
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, rebateuhoje (19) declaração de que o governo esteja negociando com parlamentares emtorno da eleição para a Presidência da Câmara. “O governo não autorizou ninguéma fazer qualquer proposta, nem para o grupo que apóia o Aldo Rebelo (PCdoB) enem para o grupo que apóia o Arlindo Chinaglia (PT-SP). O governo não garantenenhuma proposta que eventualmente seja feita. Não é uma moeda correta”, disseo ministro, em entrevista à imprensa. Ontem (18), o candidato da terceira via, Gustavo Fruet (PR), criticou a posturado Executivo em relação à disputa afirmando que “o governo até agora nãoanunciou novo ministério, esperando eleição da Mesa da Câmara. Isso é sinal dedependência, porque dá a impressão de que depois da eleição aliados vitoriosospoderão ser premiados”.Tarso Genro reiterouque o Executivo não vai tomar partido na sucessão no Legislativo e que o fatode a base aliada ter dois candidatos na disputa não vai diluir a integraçãoentre os governistas ou abalar a coalizão. “Nossa preocupação é com os efeitosdo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Este sim terá reflexos namanutenção da coalizão”, afirmou.Tarso disse que o plano, que será apresentado na segunda-feira (22), trarámedidas que contribuirão para o desenvolvimento, e que se as liderançaspartidárias desejarem poderão fazer ajustes ao plano. "As diretrizes fundamentaisque o PAC apresenta não serão transformadas, Agora, a adequação do processo deaprovação, de modificação de normas, de dosagens, evidentemente tudo pode serajustado", disse.Ao ser indagado sobre a possibilidade de haver um segundo turno na eleição da Câmara,com a candidatura do deputado Gustavo Fruet, o ministro respondeu: “Se issoacontecer, a base aliada estará junta. Todos os partidos estarão juntos paravotar naquele candidato que passar para o segundo turno”.