Sociedade civil teve canal de diálogo na Cúpula do Mercosul, destaca assessor

19/01/2007 - 21h54

Juliane Sacerdote
Da Agência Brasil
Brasília - Além dos presidentes e chefes de Estado, os movimentos sociais e entidades civis puderam opinar sobre o processo de integração dos países sul-americanos, durante a 32ª Reunião de Cúpula do Mercosul. Segundo Renato Martins, assessor especial da Secretaria Geral da Presidência, esse é um momento "de importância extraordinária", porque a sociedade pôde contribuir, de alguma forma, como o processo de integração.“Para ampliar o processo de integração é preciso ir além dos acordos comercias, da integração econômica. É preciso trazer os movimentos sociais para que eles, com a energia social, com as propostas de baixo para cima, apresentem suas sugestões e alternativas para o avanço do Mercosul”, enfatizou, em entrevista hoje (19) à Rádio Nacional. Martins informou que antes do encerramento do encontro o delegado da Cúpula Social – o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Arthur Henrique – entregou documento com as sugestões e proposições aos representantes dos 11 países participantes. Esse documento é resultado da discussão da 1ª Cúpula Social do Mercosul, realizada em Brasília no final no ano passado. Cerca de 500 representantes de movimentos sociais de cinco países membros do bloco e de países associados, como Chile e Bolívia, participaram dos debates e da elaboração do texto. Segundo Martins, o documento traz uma séria de propostas nas áreas de educação, saúde, igualdade de gênero e direitos humanos. Mas o principal ponto é a sugestão de que os futuros encontros do Mercosul tenham a participação da sociedade. “Esse é um canal de diálogo privilegiado, pois ocorre no mais alto nível decisório do Mercosul”, destacou.A 32ª Reunião de Cúpula do Mercosul terminou hoje no Rio de Janeiro. Entre os pontos debatidos, estão a integração sul-americana, questões econômicas e o possível ingresso da Bolívia no bloco.