Integração do continente e redução das assimetrias no comércio exterior dominam Cúpula do Mercosul

19/01/2007 - 17h19

Vítor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O processo de adesão da Bolívia ao Mercosul, a integração dos países da América do Sul e a redução das desigualdades nas relações comerciais entre eles foram alguns dos temas que dominaram as discussões da 32ª Reunião de Cúpula do Mercosul. Durante dois dias, chefes de governo de 11 países reuniram-se para debater questões relativas ao bloco econômico e ao continente sul-americano. Nos discursos dos presidentes durante a reunião de encerramento do encontro do grupo – que reúne Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela –, os discursos variaram de tom. O presidente argentino Néstor Kirchner, por exemplo, disse que a entrada da Venezuela, no ano passado, e o possível ingresso da Bolívia, fortalecerão o Mercosul. Já o presidente do Uruguai, Tabaré Vazquez, disse que as relações comerciais entre os países precisam ser mais equilibradas. E lembrou que o Uruguai importa mais do que exporta para outras nações do bloco.Para o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, o bloco está se consolidando e divergências são comuns. “Se existe uma coisa em que há uma absoluta convergência é que todos reconhecem que a integração é fundamental. Há diferenças, porque cada país tem um processo de desenvolvimento. Mas eu acho isso saudável”, disse. À Reunião de Cúpula compareceram, além de representantes dos países membros do Mercosul, os presidentes da Bolívia, da Colômbia, do Chile, do Equador, da Guiana e do Suriname. Representantes do Peru e do Panamá também participaram do encontro. À tarde, foi divulgada uma declaração conjunta com os pontos discutidos, entre eles a criação de um grupo de trabalho para decidir sobre o ingresso da Bolívia no bloco.