Índice de adesão ao recadastramento de armas ainda é baixo

19/01/2007 - 11h15

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Desde o início do recadastramento, em 1º de dezembro, oíndice de adesão foi considerado baixo. Segundo o delegado da Polícia FederalLázaro Moreira Silva, da Coordenadoria Geral de Defesa Institucional, nosprimeiros 30 dias do prazo foram recadastradas em torno de 2,3 mil armas. Aexpectativa do Serviço Nacional de Armas (Sinarm), da Polícia Federal, é de queaté o fim do prazo, em 2 de julho, o número chegue a dez milhões.Para o presidente do Movimento Viva Brasil, professor BeneBarbosa, o alto valor cobrado pelo recadastramento vai facilitar o aumento donúmero de armas ilegais no país. “Você vai jogar o cidadão para a ilegalidade”,disse.O professor afirmou que há um descontrole das armas ilegaise são essas armas que precisam ser combatidas duramente pela polícia. “Agora, aquestão é: quem precisa de cadastro nesse país é o criminoso e não o cidadãohonesto. Mais uma vez, é o cidadão honesto que está pagando a conta”.Ele ainda fez um apelo para que os novos parlamentares quevão tomar posse em 1º de fevereiro revejam essa cobrança. “O que nósprecisaríamos é que o Congresso, mais uma vez, revisse essa questão epercebesse que há um terrível erro nessa cobrança absurda, há um terrível erronesse recadastramento como um todo”.O Estatuto do Desarmamento também prevê a cobrança deoutras taxas. Para expedição ou renovação do porte de arma de fogo, porexemplo, é cobrada uma taxa de R$ 1 mil.“Eles (os parlamentares) tentaram restringir a circulaçãode armas e o porte de arma pelo fator financeiro. Isso é muito ruim porqueatinge exatamente a camada mais pobre. A elite fica fora desse problema porquetem dinheiro para pagar enquanto que o mais pobre fica à mercê dos criminosos eestá sofrendo com o Estatuto do Desarmamento, que, no final das contas, acabasendo uma lei que beneficia apenas a elite”.