Comunicado oficial do Mercosul saúda recorde comercial e pede "equilíbrio" entre parceiros

19/01/2007 - 19h44

Spensy Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A 32ª Reunião de Cúpula do Mercosul, no Rio, terminouhoje com a divulgação de dois comunicados. O principal deles, assinado pelos presidentes dos Estados Partes – Brasil, Argentina,Uruguai, Paraguai e Venezuela –, destaca o fato de que o intercâmbiocomercial entre os países do bloco bateu recorde histórico em 2006. O texto ressalva, contudo, que é preciso alcançar“equilíbrio” entre os países do bloco.A preocupação dos países menores do Mercosul, Paraguai e Uruguai, dereduzir as “assimetrias” no bloco também está registrada no texto.Segundo o documento, os presidentes “destacaram que as negociações doMercosul devem resultar em benefícios tangíveis no que se refere à criação de comércio, com especial atenção para os interesses das economias menores do Mercosul”.Nesse sentido, os presidentes frisaram que está em preparação um “Planopara a Superação das Assimetrias no Mercosul” e saudaram a criação doFundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (Focem). O primeiroprojeto conjunto a ser financiado pelo Focem é o programa “MercosulLivre de Aftosa”. O caráter “multidimensional” do Mercosul, indo além de um tratado delivre comércio rumo à construção de uma “identidade regional”, éigualmente sublinhado. O documento registra ainda a necessidade de buscar uma “conclusãobem-sucedida” para a Rodada Doha da Organização Mundial de Comércio,lembrando que os países do bloco podem agir conjuntamente a respeito noâmbito do G-20.Os presidentes saúdam ainda a criação de um Observatório da Democraciano Mercosul, “mecanismo de defesa e promoção dos valores democráticosna região”. O documento lembra que já funcionou nas eleiçõespresidenciais do Brasil e da Venezuela em 2006 o “mecanismo deobservação eleitoral do bloco”.O documento também destaca as iniciativas que vem sendo tomadas pelobloco em temas como políticas sociais, educação, políticas de imigraçãoe residência, integração financeira, energia e outros.No segundo comunicado, que incorpora também os representantes dosEstados Associados – Chile, Peru, Equador, Colômbia e Bolívia –, ospresidentes, e o chanceler do Peru, se comprometem a seguir aprofundando os vínculos doMercosul com a Comunidade Andina (CAN) e o Chile.