Chávez sugere maior participação do Estado na economia do Mercosul

19/01/2007 - 19h50

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou hoje (19) que não pretende contaminar o Mercosul com “socialismo, marxismo, leninismo”. O que ele sugeriu foi maior participação do Estado na condução da economia dos países.Para o presidente venezuelano, esta época impõe “o retorno da ideologia e da política” às discussões sobre a integração regional. “O mercado não é rei, dono, senhor da imensidão”, disse em discurso na 32ª Reunião de Cúpula do Mercosul, que terminou hoje, no Rio de Janeiro.De acordo com Chávez, das 300 principais empresas que comercializam no Mercosul, 40% são transnacionais e outros 36% dependem das transnacionais.Para reduzir a presença dessas companhias de capital estrangeiro na região, o venezuelano propôs criar empresas públicas que reúnam os países os países do bloco para atuar em áreas como exploração de petróleo, gás e distribuição de alimentos.“Elas [transnacionais] decidem, têm outros governos. Influenciamos muito pouco [no seu funcionamento]”, argumentou o  presidente venezuelano, que reiterou o apoio deu seu país ao compromisso de buscar a integração do Mercosul.A Venezuela foi o último país a entrar no Mercosul, juntando-se a Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Reeleito recentemente, Chávez tomou posse dando ênfase à nacionalização de empresas privadas e ao socialismo.