Procuradoria aceita prazo maior para investigar acidente com avião da Gol

11/01/2007 - 19h51

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - AProcuradoria da República em Mato Grosso entregou à Justiça Federalparecer, assinado pelo procurador Thiago Lemos de Andrade, favorável à prorrogação das investigações sobre a colisão entreo jato executivo Legacy e o Boeing 737-800 da Gol, ocorrida no dia 29 de setembro. A solicitação de queo prazo seja estendido por 30 dias foi feita pela Polícia Federal, em 13 dedezembro.O parecer da Justiça Federal não tem prazo definido para ser emitido. O processo corre na sub-seção judiciária da cidade de Sinop (MT), que afirmou não ter recebido ainda o parecer. Se o documento for entregue amanhã (12), o juiz substituto poderá dar uma resposta até terça-feira (16).Segundo a Procuradoria, Andrade é favorável à prorrogação, para que a Polícia Federal termine as investigações. As provas colhidas até agora, acrescentou, ainda não são satisfatórias para que o Ministério Público Federal denuncie qualquer um dos envolvidos e avalie a gravidade das falhas cometidas. O procurador solicitou à Polícia Federal a identificação e os depoimentos dos controladores de vôo do Centro Amazônico que trabalharam nodia do acidente. E ao Cenipa (Centro de Investigação ePrevenção de Acidentes Aéreos), cópias de todos os documentos cominformações sobre o acidente, especialmente o laudo relativo à períciano transponder do jato Legacy, a descrição das condições de vôode cada aeronave, e dos equipamentos e dispositivos que estavam sendoutilizados no momento do acidente. Deacordo com a assessoria da Procuradoria, Andrade está seguro de que oacidente foi causado, em grande parte, por falha humana. E que isso pode caracterizar um atocriminoso: no acidente morreram 154 passageiros do Boeing daGol. As investigações da Polícia Federal começaram no dia 4 de outubro.Porém, ao entregar o relatório parcial do inquérito à Justiça Federalem Sinop, em dezembro, a instituição informou que precisaria de mais tempo. Desde então, os trabalhos estavam paralisados,aguardando que o Ministério Público emitisse seu parecer.