Flávia Castro
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A situação se estabilizou em Nova Friburgo, região serrana do estado do Rio de Janeiro, onde parou de chover nas últimas 24 horas. Segundo o coordenador municipal de Defesa Civil, coronel Sérgio Marrafa, o número de casas interditadas diminuiu 14% em relação ao total dos dias chuvosos. “A situação está mais estável no município. Acreditamos que, se as chuvas derem uma trégua, a gente consegue voltar a um estado de normalidade em aproximadamente um mês. Mas ainda há perigo de novos desabamentos, tendo em vista que vários imóveis ficaram em posição de risco”, disse Marrafa.De acordo com o coronel, até o momento, 257 casas foram interditadas, 825 pessoas estão desabrigadas e 1.320, desalojadas. Também foram registradas 438 quedas de barreira desde o último dia 31.Nova Friburgo tem cerca de 180 mil habitantes. Do dia 3 de janeiro até hoje (11), 850 chamados foram computados pela Defesa Civil. Até agora, 11 pessoas morreram em Nova Friburgo, o que representa o município com maior número de mortes causadas pela chuva no estado.Apesar do bom tempo, o coronel Marrafa faz um apelo para que a população não volte às casas interditadas pela Defesa Civil até que se faça uma reavaliação. “Nosso receio é que a população, inadvertidamente, retorne para suas casas porque, se ocorrerem outros deslizamentos, pode haver, inclusive, mortes que poderiam ter sido evitadas”, acrescentou.A meteorologista Ana Maria Mattos, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), informou que há previsão de pancadas de chuva na tarde de hoje (11) na cidade. “Nos próximos dois dias, vão cair as chamadas chuvas de verão, curtas e causadas pelo aquecimento da superfície. Apenas no sábado (13), uma frente fria vinda do sul do país deve se fixar na cidade, e isso poderá provocar chuvas freqüentes”, disse ela.A Prefeitura de Nova Friburgo enviou, na última segunda-feira (8), o relatório de avaliação de danos à Secretaria de Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro para que seja homologado o decreto de situação de emergência também pelo governo estadual.