Apoio do PSDB a Chinaglia não abala disposição de Aldo em manter candidatura

11/01/2007 - 18h52

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O apoio institucional do PSDB ao líder do Governo, deputadoArlindo Chinaglia (PT-SP), candidato à presidência da Casa, anunciado hoje (11)pelo líder do partido, Jutahy Júnior (BA), não afetou a disposição dopresidente da Câmara e candidato à reeleição, deputado Aldo Rebelo, de levarpara o plenário a decisão sobre quem presidirá a Casa em 2007 e 2008. “O que posso afirmar é que tenho recebido, diariamente, oapoio de deputados do PMDB, do PFL, do PSDB, do PDT, de todos os partidos. Aconfiança (de vitória) da manifestação destes deputados que estiveram comigo emBrasília ou se manifestado por telefone”.Questionado se consideraria a hipótese de renunciar acandidatura por causa do apoio institucional das maiores bancadas na Câmara aChinaglia – PMDB, PT e PSDB –, Rebelo foi taxativo: “Voto se colhe na urna enão em cacho de banana”. O presidente da Câmara disse contar com o apoio delideranças em todos os partidos “que não querem se manifestar publicamenteporque não querem sofrer ataque especulativo”. São esses apoios, disse, que oleva a acreditar numa vitória em plenário.Aldo Rebelo disse que não foi surpreendido pela decisãoanunciada pelo líder do PSDB. Ele comparou a estratégia adotada pelo comando decampanha do petista Arlindo Chinaglia à “Operação Barbarossa”, desencadeadapela Alemanha nazista, em 1941, de invasão a União Soviética. Na ocasião, Hitler não contou com o forteinverno da região.Esta operação (Barbarossa) foi uma das maiores derrotassofridas pelo exército do ditador Adolf Hitler. Cerca de 250 mil alemães nãoagüentaram o frio do inverno russo. Desgastados, o exército nazista sofreu oataque do Exército Vermelho de Joseph Stalin que evitou a tomada de Moscou. Amaior derrota, entretanto, ocorreu em Stalingrado, quando Hitler decidiu,então, retirar suas tropas de União Soviética.Segundo Aldo Rebelo, a última batalha (a votação emplenário) será como a de Stalingrado, quando os nazistas depois de váriasofensivas foram obrigados a retirar-se da União Soviética. “Nós estamos numterreno que nos é muito favorável. Nossos adversários desencadearam uma espéciede “Operação Barbarossa” com muitas divisões em campo mas nós estamospreparados para enfrentar. A eleição é no dia 1º de fevereiro e neste dia temosconfiança e convicção na vitória. Esta marcha vai chegar a 1º de fevereiro”.