Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O crescimentodos financiamentos habitacionais com recursos da caderneta de poupança nãoprejudica as famílias de renda mais baixa porque libera mais recursos do Fundode Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para as camadas mais pobres dapopulação. A opinião é da secretária nacional de Habitação, do Ministério dasCidades, Inês Magalhães.De acordo coma secretária, o fato de os financiamentos da caderneta de poupança, operadospelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE), crescerem a um ritmobem maior que os contratos que utilizam o FGTS não significa que apenas asfamílias de renda maior estejam se beneficiando com a expansão do créditoimobiliário. “Na verdade, a classe média está ocupando um espaço próprio nomercado e permitindo que o Fundo de Garantia cumpra com sua função social”,avalia Magalhães.Segundo ela,a expansão do SBPE – cujo total de recursos liberados cresceu 91% em 2006,contra crescimento de 31% no volume financiado pelo FGTS – é importante paraque o Fundo de Garantia ajude a diminuir o déficit habitacional nas famílias maispobres. “Como a classe média não tinha mecanismos de financiamento próprio,recorria a produtos de baixa renda”, explica a secretária.Apesar de os investimentos do FGTS em habitação teremsido superados pelo total desembolsado nos financiamentos da caderneta depoupança, Magalhães ressalta que os contratos do Fundo de Garantia, quemovimentaram R$ 7,3 bilhões até o final de 2006, também passam por um bommomento. “Assim como os financiamentos pela poupança, os recursos do FGTS emhabitação também estão em níveis recordes”, ressalta Magalhães.