Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O próximo ano deverá ser marcado pelocrescimento do emprego, estabilidade e capacidade de tomar crédito delongo prazo, disse hoje (19) o vice-presidente de Finanças da CaixaEconômica Federal, Fernando Nogueira. E a instituição, acrescentou,deverá dar continuidade aos programas de crédito habitacional e definanciamento a programas de saneamento, para atender ao mercadoconsumidor crescente.
"A Caixa temorçamento para atender a esse público", garantiu Nogueira, ao destacarque até 2002 a instituição atendia a 51% das pessoas que recebem atécinco salários mínimos e são clientes do crédito habitacional comrecursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Em 2006,informou, esse percentual subiu para 86%.
Incluindorecursos da poupança, 74% dos recursos totais da Caixa – ou trêsquartos do crédito imobiliário – são para quem recebe até cincosalários mínimos. Segundo o executivo, o Brasil é o sétimo maiormercado consumidor do mundo: 58 milhões de pessoas em 2004, totalsemelhante ao da Alemanha e da Rússia.
Emtermos de estratégia, explicou, isso significa que os grandes paísesemergentes têm que fazer a inclusão no mercado consumidor. No Brasil,lembrou, apenas um terço da população está no mercado de consumo e ainclusão de mais pessoas nesse mercado passa a ser o fator maisdinâmico de crescimento. Por isso, Nogueira recomenda aos empresários aconstrução de mais habitações populares, com retorno de capital maisrápido. A previsão do vice-presidente de Finanças é de queCaixa encerrará o ano com lucro de R$ 2,4 bilhões – no terceirotrimestre, o lucro foi de R$ 1,9 bilhão. Para 2007, em função daestimativa de trajetória de queda dos juros, ele disse acreditar que olucro poderá chegar a R$ 1,8 bilhão.