Aline Beckstein
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O desemprego atinge mais a população que tem entre nove e onze anos de estudo, correspondente ao ensino médio. A informação consta na Síntese de Indicadores Sociais, divulgada hoje (20). Ela detalha dados que já foram apresentados pela Pesquisa Nacional por Amostragem deDomicílios (Pnad) referente a 2005.Houve mudança no perfil da maioria dos desempregados. Em 1995, a desocupação atingia principalmente a população que tinha entre cinco e oito anos de estudo, o segmento do ensino fundamental. Segundo o IBGE, nos últimos dez anos a escolaridade da força de trabalho aumentou, “mas essa mudança, no perfil da desocupação, revela também que o mercado de trabalho está mais exigente, bem como tem dificuldades para absorver a mão-de-obra mais qualificada”.Em 2005, ao verificar a taxa de desocupação no grupo deescolaridade entre nove e onze anos de estudo, o IBGE constatou que, na regiãoNorte, o estado de Roraima tinha a maior taxa (16,6%); no Nordeste, o problemada desocupação era maior nas regiões metropolitanas (Recife, 20,9%; Salvador, 19,7%e Fortaleza, 17,9%); no Sudeste, destacou-se a região metropolitana de SãoPaulo (16,2%); no Sul, a metropolitana de Curitiba (10,6%); no Centro-Oeste, oDistrito Federal (15,6%).A taxa total de desocupação em 2005 era de 9,3% da população economicamente ativa, enquanto que em 1995 era de 6,1%. Entre nas faixas etárias entre 18 e 24 anos houve um aumento de 68% na desocupação, atingindo em 2005 a taxa de 17,8%.Na avaliação do instituto, a elevada taxa de desocupação entre os jovens revela não somente um aumento da procura por trabalho, mas também uma baixa capacidade da economia de absorver essa mão-de-obra qualificada, porém considerada pouco experiente.