Recursos para defesa sanitária animal devem subir 20%, diz ministro da Agricultura

19/12/2006 - 19h07

Lourenço Melo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Brasil pretende aplicar no próximo ano R$ 195 milhões em defesa sanitáriaanimal, R$ 35 milhões (cerca de 20%) a mais do que foi investido  em 2006.A informação é do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, LuizCarlos Guedes Pinto, que inaugurou hoje (19) o quinto laboratório nacionalagropecuário, da rede Lanagro. A unidade, em Pedro Leopoldo (MG), dará suporte técnico aos programas dedefesa sanitária animal do Ministério da Agricultura, principalmente no combateà febre aftosa. Existem laboratórios nacionais em Campinas (SP), Recife (PE),Belém (PA) e Porto Alegre (RS).Nos últimos seis anos, segundo Guedes, o governo investiu R$ 24 milhões namodernização dos laboratórios agropecuários. O ministro defendeu, durante asolenidade de instalação, que o Brasil precisa cada vez mais aumentar o seu preparo para enfrentar os concorrentes. “Eles estão sempre buscando novasformas de dificultar as vendas, considerando a competitividade do mercado decarnes brasileiro”, afirmou. “Lançam mão agora até de alegações de caráterambiental e social", comentou.Ele disse que, apesar das restrições que os exportadores brasileiros decarnes encontram para suas vendas, elas são feitas para 147 países eultrapassarão a soma de R$ 8 bilhões neste ano. “O saldo comercial doagronegócio brasileiro deverá fechar 2006 com US$ 42 bilhões desuperávit", informou.O Ministério da Agricultura “está preocupado em desenvolver programas quepromovam  a produção de alimentos seguros”, disse o ministro,acrescentando que a inauguração do laboratório em Pedro Leopoldo e oinvestimento que vem sendo feito em modernização se inserem nessapolítica.De acordo com Luiz Carlos Guedes Pinto, o ano vai terminar com a execução dequase 100% do orçamento da pasta, que foi de R$ 847 milhões em 2006. Para2007 a previsão é de que os recursos cheguem a R$ 949 milhões, sem falar nasemendas parlamentares para o setor, que passam dos R$ 400 milhões. Ele dissetambém que o governo apoiou neste ano a comercialização de 23,8 milhões detoneladas de grãos.