Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A busca pelo auxílio-doença cresceu de forma "desmesurada" nos últimos seis anos. Essa é a avaliação do ministro da Previdência Social, Nelson Machado. De acordo com ele, entre os anos de 2000 e 2001, a Previdência Social pagava cerca de 600 mil benefícios de auxílio-doença e auxílio-acidente por mês. "Em outubro do ano passado, esse número bateu o recorde de 1,6 milhão de benefícios", contabiliza Machado.Para reduzir o impacto da quantidade de benefícios pagos, o ministraafirma que o governo vem buscando, desde o ano passado, estabelecer umteto para o auxílio-doença, que passaria a ser definido pela média dosalário dos últimos doze meses."Não altera a regra de cálculo, quecontinua sendo os 80% das melhores observações, corrigidas eatualizadas monetariamente, mas essa média não pode superar o teto."Outra medida foi acabar com terceirização dos médicos peritos. "Ogoverno definiu uma nova carreira dos médicos peritos. Redefiniu aremuneração, redefiniu o poder de trabalho e contratou novos médicosperitos."Hoje, segundo o ministro da Previdência Social, a rota de crescimento dos benefícios mudou. "Se continuasse a trajetória, hoje nós estaríamos por volta de 1,9 milhão, mas hoje estamos por volta de 1,5 milhão. Mas falta mudar mais."Na noite de ontem (18), Nelson Machado assinou um protocolo de intenções, em São Paulo, com o Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (CRC-SP) e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), para facilitar o acesso dos trabalhadores aos serviços previdenciários por meio do site www.previdencia.gov.br, principalmente para agendamento de perícias médicas.