Mariana Schreiber
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A chuva prevista para a tarde de hoje (5), no Rio deJaneiro, deve ser mais forte na região metropolitana, segundo prevê o InstitutoNacional de Meteorologia (Inmet). O coordenador geral da Defesa Civil de NovaIguaçu, na Baixada Fluminense, major Paulo Renato, disse que a prefeitura está de prontidão paraevitar que a chuva cause estragos semelhantes aos da semana passada, quando 350pessoas ficaram desalojados, 130 desabrigados e 5 mil acabaram gravementeprejudicadas..“Quatrocentos e cinqüenta homens da defesa civil, auxiliadospor 80 máquinas, estão desassoriando rios e valões, e limpando as encostas.Desde ontem, a prefeitura derruba construções irregulares e continua removendofamílias que vivem em áreas de risco, como nos bairros Marco II, Danom,Mangueira e Posse. Isso tudo para que a gente não fique esperando a chuva parapoder apenas remover os escombros”.O major Paulo Renato, disse que as famílias removidas foramlevadas para abrigos da prefeitura ou, caso preferissem, para a casa deparentes e vizinhos. Segundo ele, essas pessoas não poderão voltar às áreas derisco. “O prefeito Lindberg Farias está convencido de que as famílias não podemvoltar a suas casas quando a chuva passar, porque, em caso de novasprecipitações, elas terão que ser novamente socorridas”, disse o major. Segundoele, na maior parte dos casos, as construções são irregulares.O major-engenheiro Lóis Pasteur Silva do Nascimento, doBatalhão Escola de Engenharia do Exército, coordena os 180 soldados da 9ªBrigada de Infantaria Motorizada do Exército que estão trabalhando com aprefeitura.“O Exército continua o trabalho de entrega de cestasbásicas, de reconstrução, bem como o de limpeza de caixas d’água. Mas jáentramos numa segunda fase de trabalho junto à prefeitura, que é a de avaliaçãodaquelas casas de onde as pessoas precisam ser evacuadas para que não haja maisproblemas em caso de novas chuvas”.A Câmara de Vereadores de Nova Iguaçu aprovou ontem (4)projeto de lei do prefeito criando medidas para reparar as perdas das famíliasatingidas pelas enchentes, como a criação do aluguel social, um auxíliofinanceiro de R$ 250 durante seis meses, para quem teve a casa destruída ou queprecisou ser removido por risco de desabamento.