Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Na análise do presidente da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca), Alfried Plöger, o Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas do país, vai fechar o ano de 2006 com crescimento de 2,7%. Isso significa, segundo destacou Plöger, que “um grande contingente de mão-de-obra não foi absorvido pela economia”. Cerca de 30% dos trabalhadores entre 18 e 24 anos, recém-formados, que estariam em busca do primeiro emprego formal, de acordo com dados das pesquisas oficiais de emprego.“O que é uma coisa lamentável porque essa faixa etária vem com entusiasmo ao mercado de trabalho e não consegue achar emprego”, disse Plöger. Para absorver essa mão-de-obra jovem, o presidente da Abrasca avaliou que seria necessário o Brasil crescer à taxa de 5% ao ano. A Abrasca calcula, porém, que o PIB em 2007 também não crescerá mais do que 3%.Plöger analisou que a economia internacional apresentou em 2006 alta liquidez e “foi generosa, mas o Brasil não tirou proveito dessas taxas”. O crescimento médio projetado este ano para a América do Sul é de 4,6%. Mundialmente, o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê crescimento econômico da ordem de 4%.O presidente da Abrasca afirmou que o crescimento do PIB é determinado, basicamente, pelos investimentos públicos e industriais. “Esses, inclusive, é que dão mão-de-obra”, avaliou. Ele considerou difícil atingir a meta de 3% de crescimento do PIB este ano porque isso exigiria ter no terceiro trimestre investimentos que “não são factíveis” com o período.Esses investimentos deveriam ser aplicados, em especial, em logística de transportes e portos. Uma ferramenta ideal para estimular investimentos no Brasil seriam as Parcerias Público-Privadas (PPPs), que estão dando resultados na Europa e Estados Unidos, sugeriu Plöger.