Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Central Única dos Trabalhadores (CUT) mantém a intenção de propor um salário mínimo de R$ 420, a partir de março de 2007, e a correção da tabela do Imposto de Renda em 7,77%. A proposta será apresentadaem reunião dos representantes da CUT com o governo, marcada para a próximaquinta-feira (7). Amanhã (6). Os trabalhadores também vão fazer a 3ª Marcha do Salário Mínimoamanhã (6), na Esplanada dos Ministérios, com expectativa de participação de 10mil pessoas.Para o presente da CUT Nacional, Arthur Henrique, aelevação do salário mínimo não trará desequilíbrio às contas públicas. “Aoestabelecer incremento no salário mínimo, ocorre não só crescimento comdistribuição de renda, mas também há um efeito dinâmico, em que as pessoasconsomem mais e, por conseqüência, aumenta a arrecadação”, afirmou. Com base em dados do Dieese, o aumento proposto pela CUTgeraria uma arrecadação tributária de R$ 9,6 bilhões ao ano. A CUT também defende a criação de uma política de valorização permanente de correção do salário mínimo. "Que seja uma política deestado. Independente de quem esteja no governo, queremos ter condições deestabelecer uma política de que todos os anos o salário mínimo tenha um aumentoreal. Se isso já estivesse implanta, poderíamos trabalhar ao longo do tempo,com essa valorização, sem fazer todos os anos uma negociação”. Ontem (4), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o governo defende aumento do salário mínimo, atualmente de R$ 350,para R$ 367 em 2007. Segundo o ministro, esse valor está de acordo com a regrade aumento pelo PIB per capita e pela inflação, quesitos que tinham projeçãomaior quando a regra da proposta orçamentária foi enviada ao Congresso. Entretanto,o relator da proposta orçamentária, senador Valdir Raupp (PMDB-RO), defende osalário mínimo de R$ 375.