Luciana Vaconcelos
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O vice-presidente José Alencar defendeu hoje (5) mudanças no Conselho Monetário Nacional (CMN) e voltou a pedir a redução da taxa de juros. “É necessário ampliar a participação no conselho”, disse Alencar, depois de participar de encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com representantes do PRB. O CMN é composto hoje pelo presidente do Banco Central e pelos ministros da Fazenda e do Planejamento. Além disso, Alencar disse que o Brasil precisa levar o custo de capital do Brasil a padrões internacionais. “É preciso que o governo dê condições de tratamento igualitário às atividades produtivas nacionais para que haja condições de aproveitamento da potencialidade de crescimento dessa economia”.“O Brasil tem que se libertar desse regime de juros. A gente sente que há conscientização, não só dele (presidente Lula), como do governo como um todo, de que o Brasil tem que sair dessas amarras, que ele chama de destravamento, para crescer", afirmou o vice-presidente.Do contrário, disse ele, a situação se agrava no campo social. "É preciso que economia seja próspera, forte e independente como meio para que se alcancem os objetivos sociais, porque todos eles demandam recursos”, destacou.Alencar explicou que sua defesa constante da redução da taxa de juros tem um propósito. "A gente, às vezes, fala a mesma coisa várias vezes, mas é bom, é preciso ter humildade para compreender que não é dizendo uma vez que o Brasil vai ouvir e entender", disse. Ele explicou por que se preocupa com o regime de juros no país: "Enquanto as atividades produtivas, que são de risco, não puderem remunerar com vantagem, os custos de capital, ou seja, os juros, é obvio que os investimentos ficarão muito aquém da potencialidade de crescimento da economia do país".