Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O vice-presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas, Raul Jungmann (PPS-PE), voltou a questionar o calendário de depoimentos estabelecido pela comissão, que hoje (7) ouviu as explicações de Barjas Negri, ex-ministro da Saúde. Amanhã será a vez de Humberto Costa e Saraiva Felipe, que também já comandaram a Saúde - José Serra não apareceu para depor nem apresentou justificativa, segundo Jungmann.O deputado considera contraproducente tomar os depoimentos dos ex-ministros antes de ouvir as pessoas diretamente envolvidas e de fazer uma análise mais profunda dos documentos em poder da CPMI.Para Jungmann, se houvesse a inversão dos depoimentos os parlamentares estariam “em condições muito mais qualificadas” para questionar os ex-ministros.Quanto à acareação proposta pelo deputado Eduardo Valverde (PT-RO) [entre Barjas Negri e os empresários Abel Pereira e Luiz Antônio Vedoin], o vice-presidente da CPMI limitou-se a afirmar que é favorável a “tudo que vier a contribuir para lançar luz sobre todos os episódios, efetivamente”.O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), um dos sub-relatores da comissão, disse que o depoimento de Barjas foi muito mais “pedagógico” do que investigativo.“Esclareceu algumas coisas mas, como tenho dito, os depoimentos dos ex-ministros não vão trazer um grande caminho de incriminação deles. Mesmo porque a Polícia Federal e a Justiça Federal já estão trabalhando nisso”, afirmou o parlamentar.