Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - As recomendações do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o programa de formação de professores do governo federal são baseadas em dados de 2004, que não são mais usados, informa o Ministério da Educação.“Muitas indicações feitas pelo TCU nós já implementamos desde 2005”, alegou a coordenadora geral de Monitorização de Planos, Programas e Projetos Educacionais do MEC, Tânia Pasqualini.Segundo ela, outros critérios são utilizados para balizar a implantação do programa – entre eles, o envio de recursos de acordo com a análise de dados como freqüência nas aulas, abandono da escola e reprovação.“Passamos a usar esses critérios para definir quais municípios poderiam pleitear recursos para a formação e, com isso, fazer o acompanhamento do impacto que essa formação dos professores teria nos indicadores de desempenho das escolas”, explicou Pasqualini.Quanto à recomendação do TCU para que haja encontros anuais entre professores e coordenadores pedagógicos para que o projeto de cada escola possa ser elaborado, analisado e revisto, a coordenadora disse que é complicado fazer a fiscalização desse processo.“Como temos uma gama muito grande de municípios, é difícil acompanhar e comprovar se isso realmente é feito quando eles elaboram os planos de trabalho e de formação, mas essa é uma indicação que acompanha o material enviado para os municípios todos os anos”, ressaltou.Relatórios divulgados ontem (6) pelo TCU avaliaram quatro programas do governo federal. São baseados em trabalhos de auditoria realizados no segundo semestre do ano passado. Foram avaliados os programas de Construção de Cisternas no Semi-Árido Nordestino, Governo Eletrônico, Formação Continuada de Professores do Ensino Fundamental e Vigilância e Fiscalização no Trânsito Internacional de Produtos Agropecuários.Sobre cisternas, leia mais ao lado. Sobre os dois outros, a Agência Brasil não obteve retorno dos respectivos ministérios.